domingo, 23 de outubro de 2011

Aula do prof. Erpidio Pires, do movimento Aty Guasu, Mato Grosso do Sul

Erpidio Pires em Floripa!

Profa Edviges Ioris (UFSC) dialoga com prof. Erpidio Pires (Aty Guasu)

Prof. Edviges Ioris explica as incongruencias das leis Estatudo do Indio, Constituicao Federal com a situacao dos indios Guarani em MS, pois foram obrigados a sair de suas terras para "reservas". Portanto estavam fora de suas terras ancestrais apenas momentaneamente, em 1988, considerado como ano da data de ocupacao para efeitos de demarcacao. Nesse ano, muitos indios estavam obrigados a viver fora de suas terras tradicionais... A TI Potrero Guasu, onde vive Erpidio e sua familia e cerca de outras 350 pessoas, tem apenas 1 mil hectares registrados,  em disputa,  ha mais 3 mil hectares.

Filosofando e compartilhando suas historias de Paranhos e Ypo`i.
Trecho da reportagem publicada na Carta Capital 19/10/2011: "No fim deste mês completam-se dois anos da ocupação da área conhecida como Ypo’i, em Paranhos. Na ocasião, em 2009, dois professores guarani foram mortos após ataque de homens armados. O corpo de Genivaldo Vera foi encontrado num córrego próximo ao local, dias depois, com marcas de espancamento. O corpo de Rolindo nunca foi encontrado e, até hoje, ninguém foi indiciado pelo crime. 

De lá para cá, o grupo de Ypo’i conseguiu autorização provisória da Justiça para permanecer no local, à espera dos estudos da Funai. A trégua foi rompida no fim de setembro, quando Teodoro Ricarte, primo dos dois professores, foi morto a pauladas e facadas supostamente por um funcionário da fazenda Cabeça de Boi, uma das que incide sobre a área reivindicada pelos indígenas. Dois dias depois do crime, um grupo de indígenas que ia pescar foi ameaçado por disparos.
Paranhos fica numa das mais violentas regiões da fronteira com o Paraguai, próximo a áreas de plantio extensivo de maconha. É a mesma realidade do município de Coronel Sapucaia, onde se encontra outro acampamento, o de Kurusu Amba. Ali, de 2007 a 2009, foram assassinados quatro indígenas, e três crianças morreram por falta de atendimento médico. Hoje, por determinação judicial, as mais de 200 pessoas da comunidade aguardam na área pela identificação de suas terras.." (Joana Moncau e Spensy Pimentel).


Antropologa Valeria Barros conversa sobre a importancia dos rezadores nas lutas Guarani.
Cientista social Julio Stabelini e estudantes de História da Udesc.
Marina do CIMI mostra documento sobre violencias no MS e fala tambem sobre situacao das TIs e lutas por demarcacoes de terras em RS, SC e PR.
Carmen Susana Tornquist mostra livro Mbaraka, de Deise Montardo, sobre musica, ritual e xamanismo Guarani. Erpidio ganhou da autora exemplares do livro para compartir o CD de musicas (q acompanha o livro) e a leitura da obra em sua comunidade em Potrero Guasu e Ypo`i.

Coletivo Divu-Ant e Erpidio Pires.
Susi (frente), Barbara, Erpidio, Lisiane e Valeria.



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