terça-feira, 25 de outubro de 2011

FILMES sexta-feira 28/10 - 18h30

Nessa sexta-feira, venha assistir aos filmes:
  • "Mbaraká: A Palavra que Age", de Spensy Pimentel e Edgar Cunha (27 min).
  • "Os seres da mata e sua vida como pessoas (Nhandé va'e kue meme'i˜)" (27 min), de Rafael Devos.

O debate será realizado após as projeções com os realizadores:
  • Vherá Poty, liderança indígena Guarani, que escreveu o roteiro do "Os Seres da Mata...", além de ter realizado diversas traduções e entrevistas do filme. Atualmente, ele mora em Santa Catarina.
  • Rafael Devos, professor da UFSC e diretor do "Os Seres da Mata...".
  • Spensy Pimentel, antropólogo e doutorando da USP que participará do debate por Skype, direto de Dourados/Mato Grosso do Sul.
Venha assistir, participar, perguntar e conhecer mais sobre a vida dos povos indígenas que vivem de maneiras tão diversas. Venha conhecer sobre as Artes Indígenas de Viver no Século XXI!

Sinopses:


 "Os seres da mata e sua vida como pessoas (Nhandé va'e kue meme'i˜)"
 “Essa câmera vai funcionar como um olho e o ouvido de todos que estão atrás dessa câmera, ela vai ser uma criança que vai estar escutando a fala dos meus avós”. Assim o jovem cacique Vherá Poty apresenta as imagens dos “bichinhos” e as narrativas mito-poéticas dos velhos em torno dos modos de criar, fazer e viver a cultura guarani, expressos na confecção de colares, no trançado das cestarias e na produção de esculturas em madeira dos seres da mata: onças, pássaros e outros “parentes”.

"Mbaraka – A Palavra que Age".
Os cantos dos xamãs guarani-kaiowa são fórmulas verbais que têm uma ação sobre o mundo. Tradicionalmente, eles curam doenças, afastam pragas da lavoura e bichos peçonhentos, anunciam a chegada dos deuses. Eles não só preveem o futuro, mas o conformam. Hoje, esses indígenas vivem em seu mundo uma crise sem precedentes. Confinados em pequenas porções de terra e com os recursos naturais da região onde residem totalmente degradados, eles se veem diante de um impasse: será que suas palavras conseguirão conformar um mundo novo que reverta a crise cosmoecológica por que passam atualmente? Se a palavra pode ser história, mito e narrativa, entre os Guarani-Kaiowá ela também é poesia e profecia: um canto de esperança em um futuro melhor.

domingo, 23 de outubro de 2011

Aula do prof. Erpidio Pires, do movimento Aty Guasu, Mato Grosso do Sul

Erpidio Pires em Floripa!

Profa Edviges Ioris (UFSC) dialoga com prof. Erpidio Pires (Aty Guasu)

Prof. Edviges Ioris explica as incongruencias das leis Estatudo do Indio, Constituicao Federal com a situacao dos indios Guarani em MS, pois foram obrigados a sair de suas terras para "reservas". Portanto estavam fora de suas terras ancestrais apenas momentaneamente, em 1988, considerado como ano da data de ocupacao para efeitos de demarcacao. Nesse ano, muitos indios estavam obrigados a viver fora de suas terras tradicionais... A TI Potrero Guasu, onde vive Erpidio e sua familia e cerca de outras 350 pessoas, tem apenas 1 mil hectares registrados,  em disputa,  ha mais 3 mil hectares.

Filosofando e compartilhando suas historias de Paranhos e Ypo`i.
Trecho da reportagem publicada na Carta Capital 19/10/2011: "No fim deste mês completam-se dois anos da ocupação da área conhecida como Ypo’i, em Paranhos. Na ocasião, em 2009, dois professores guarani foram mortos após ataque de homens armados. O corpo de Genivaldo Vera foi encontrado num córrego próximo ao local, dias depois, com marcas de espancamento. O corpo de Rolindo nunca foi encontrado e, até hoje, ninguém foi indiciado pelo crime. 

De lá para cá, o grupo de Ypo’i conseguiu autorização provisória da Justiça para permanecer no local, à espera dos estudos da Funai. A trégua foi rompida no fim de setembro, quando Teodoro Ricarte, primo dos dois professores, foi morto a pauladas e facadas supostamente por um funcionário da fazenda Cabeça de Boi, uma das que incide sobre a área reivindicada pelos indígenas. Dois dias depois do crime, um grupo de indígenas que ia pescar foi ameaçado por disparos.
Paranhos fica numa das mais violentas regiões da fronteira com o Paraguai, próximo a áreas de plantio extensivo de maconha. É a mesma realidade do município de Coronel Sapucaia, onde se encontra outro acampamento, o de Kurusu Amba. Ali, de 2007 a 2009, foram assassinados quatro indígenas, e três crianças morreram por falta de atendimento médico. Hoje, por determinação judicial, as mais de 200 pessoas da comunidade aguardam na área pela identificação de suas terras.." (Joana Moncau e Spensy Pimentel).


Antropologa Valeria Barros conversa sobre a importancia dos rezadores nas lutas Guarani.
Cientista social Julio Stabelini e estudantes de História da Udesc.
Marina do CIMI mostra documento sobre violencias no MS e fala tambem sobre situacao das TIs e lutas por demarcacoes de terras em RS, SC e PR.
Carmen Susana Tornquist mostra livro Mbaraka, de Deise Montardo, sobre musica, ritual e xamanismo Guarani. Erpidio ganhou da autora exemplares do livro para compartir o CD de musicas (q acompanha o livro) e a leitura da obra em sua comunidade em Potrero Guasu e Ypo`i.

Coletivo Divu-Ant e Erpidio Pires.
Susi (frente), Barbara, Erpidio, Lisiane e Valeria.



Aula do prof. Erpidio Pires, do movimento Aty Guasu, Mato Grosso do Sul

Erpidio Pires em Floripa!

reportagem sobre Mato Grosso do Sul e os Guarani

http://www.cartacapital.com.br/politica/terror-as-vesperas-da-demarcacaou

escrita por Joana Moncau e Spensy Pimentel, antropologo que participou da aula aberta de Erpidio Pires.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Em 2008, 70% dos índios assassinados no Brasil eram Guarani Kaiowá

Cerimônia pelas 42 vítimas fatais do povo Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. Foto: Verena Glass.

A situação de extermínio de indígenas nas fronteiras do agro-negócio não é coisa do passado. Está acontecendo neste exato momento. Venha saber mais sobre esta situação na próxima sexta-feira, dia 21/10/11, no MESC, quando o líder guarani-kaiowá Erpídio Pires virá à Florianópolis falar sobre os massacres silenciosos perpetrados contra sua etnia, que vive no Mato Grosso do Sul. Historicamente expulsos de suas terras, os indígenas foram refugiando-se nos espaços que sobravam, e agora sofrem com a expansão da fronteira agrícola e a perseguição de grandes empresários do agro-negócio.

ONDE: no  MESC, no centro de Florianópolis.
QUANDO: 21/10/2011
HORA: 18:30h
ORGANIZAÇÃO e PROMOÇÃO: DivuAnt - Divulgando Antropologia -
III Mostra de Artes Indígenas

Também no MESC, dia 22/10, às 18:30h:
Assista ao filme "Serras da Desordem", que será debatido pela antropóloga Barbara Arisi e pelo antropólogo Oscra Calávia Saez.

Para saber mais:
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/acusado-de-matar-cacique-guarani-kaiowa-e-absolvido

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/terror-as-vesperas-da-demarcacao


http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1580

Carta do Povo Kaiowá e Guarani à Presidenta Dilma Rousseff
ADITAL - 4/2/2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sexta, 14/10 - Venha participar da aula aberta sobre os Xokleng em SC

"O vapor e o bodoque: relações entre imigrantes alemães e os Xokleng em SC", com Luisa T. Wittmann, dia 14/10. No MESC, às 18:30h.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"O vapor e o bodoque: relações entre imigrantes alemães e os Xokleng em SC", com Luisa T. Wittmann, dia 14/10. No MESC, às 18:30h.

Debate do filme Terra Vermelha, com antropóloga/o Deise Lucy Montardo e Marcos Albuquerque

Começa na próxima sexta-feira, dia 14/10, a Mostra de imagens Guarani, Matis e Kadiwéu. Entre 14 e 29 de outubro, 2011, diariamente, no MESC, das 14h às 18h.

Nas sextas e sábados, a partir das 18:30h, aulas abertas e filmes com debates. Confira a programação!

Filme Terra Vermelha e debate com Deise Lucy Montardo (doutorado em antropologia estudando os Guarani-Kaiowá) e Marcos Albuquerque (doutorado em antropologia estudando os Pankararu).

·  14/10  - sexta - 18h30min
MESC - museu
O Vapor e o botoque

Luisa Wittmann (UDESC)
Aula Aberta sobre os Xokleng na região de Ibirama e Blumenau
·  15/10  - sábado - 18h30min
MESC - museu
(Dir. Vincent Carelli. 2009. 117 min)
Debatedores: Lisiane Lecznieski e Maycon Melo

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Abertura da III Mostra de Artes Indígenas

Venha na abertura da III Mostra, com o cineasta Mbya Guarani Ariel Ortega. Ele apresenta e conversa sobre seu filme "As Bicicletas de Nhanderu", que dirigiu com Patrícia Ferreira. A obra ganhou o prêmio principal da 13ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, na Cidade de Goiás. É o segundo filme de Ariel. Para ver o trailer, clique aqui.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Coral Guarani na abertura da II Mostra no Hall da Reitoria



Professor Alberto Groissmann (UFSC)
Carmen Susana Tornquist, Alberto Groissmann e Siam Huni Kuin



Sensorialidades



Instalação busca reproduzir sensações. Sons de floresta. 
Imagens da construção de uma maloca Matis - filme com edição realizada por Bushe Matis com filminhos feitos por câmera fotográfica por Barbara Arisi - e imagens de comunidade Kadiwéu, de Lisiane Lecznieski. 
A obra Sensorialidades foi idealizada por Barbara e Frank Koopman e
montada por uma equipe de voluntários e amigos no Centro de Eventos da UFSC. 
Em especial, agradecemos a Elis! Valeu, Elis!!! Sem você, não teria ficado pronta!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Algumas das notícias publicadas sobre a Mostra II

http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=94027

"Será uma oportunidade para que as pessoas desfaçam eventuais estereótipos e sejam sensibilizadas pela compreensão antropológica de que somos parte de um povo rico em diversidade social e cultural."

http://www.deolhonailha.com.br/noticias/noticia.html?id=11475

http://portalfaed.udesc.br/userimages/2010/II_Mostra_Programa_paisagem.pdf

Oficina tecelagem Kaxinawá




Arquivos dos blogs das Mostras I e II

Informamos
que as atividades da II Mostra de Arte Indígena irão ter início no dia 13 de Outubro a partir das 9 horas da manhã. Teremos as oficinas guarani as 9 horas, no Centro de Eventos da UFSC, assim como a exposição do Tótem e das obras da artista plástica Sela, no Hall da Reitoria. A sala Sensorialidades já estará funcionamento. Ao meio dia irá acontecer a primeira exibição de filmes da II Mostra, na sala 31 da FAED/UDESC.
As 14 horas começam as oficinas Kaxinawa.

A abertura oficial da II Mostra de Arte Indígena irá ocorrer no dia 13 de Outubro, às 18 horas, no Hall da Reitoria da UFSC.
Contará com a apresentação do Coral Tapé-Mirim

A organização

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Programação Segmentada - Aulas Abertas

Aula Aberta - Xamanismos Contemporâneos

Ministrante: Isabel Santana de Rose
Data: 14/10/2010
Hora: 9h às 11h
Local: Sala Pintangueira, Centro de Cultura e Eventos, UFSC

Esta aula aberta enfoca a análise do conceito de “xamanismo” e da diversidade de expressões xamânicas existentes no mundo atual. O termo xamanismo tem sido usado como categoria analítica na antropologia desde as primeiras discussões sobre magia e religião primitiva.
Enquanto inicialmente o xamanismo era tratado como um fenômeno estritamente indígena, o atual crescimento dos rituais xamânicos praticados por grupos não-indígenas em centros urbanos nas mais diferentes partes do mundo nos convida a rever nossos modelos analíticos sobre o tema.
Os xamanismos hoje emergem das redes e interações entre vários grupos sociais e culturais. Desta maneira, o xamanismo atualmente não pode mais ser definido como uma categoria analítica fixa, ou através de modelos universais e essencialistas. Pelo contrário, os xamanismos são construídos através de diálogos e são marcados pela circulação de pessoas, símbolos e objetos no âmbito de redes muitas vezes transnacionais.
Aula Aberta - Parentalidade

Título: Lições ameríndias de parentalidade
Ministrante: Lisiane Koller Lecznieski
Data: 14/10/2010
Hora: 9:30h às 11:30h
Local: sala 31, FAED, UDESC, Itacorubi

A proposta desta aula é refletir sobre questões cruciais do mundo contemporâneo em relação à infância, tomando como ponto de partida as visões de mundo, concepções éticas e estéticas, dos índios Kadiwéu (MS, Brasil). A idéia é cotejar os valores e práticas implícitos nas "nossas" filosofias sobre a infância e as crianças com aquelas que caracterizam a dinâmica de grupos ameríndios como, no caso aqui abordado, os Kadiwéu.

Aula Aberta: "Anthropológical Blues: Para uma Antropologia da música Javaé.

Ministrante: Sonia Lourenço
Data: 15 de Outubro de 2010
Hora: 9 horas
Local: Sala 31 - FAED - UDESC

Coordenadora do Museu Nacional de Imigração e Colonização. Fundação Cultural de Joinville. Antropóloga, doutora em Antropologia e pesquisadora do MUSA - Núcleo de Estudos Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe. Laboratório de Antropologia Social do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina.

Exibição e debate da pré-edição do documentário "Egon, meu irmão"
Debatedoras: Angela Bertho e Tânia Welter
Data: 15 de outubro 2010, 15 as 17hs
Local: Auditório do CEART – UDESC
Sinopse
Uma família de imigrantes alemães radica-se em São Bonifácio (SC) no começo do século XX. Enquanto o pai exerce o ofício de professor das crianças da "colônia", a mãe e os filhos(as) trabalham na pequena propriedade com agricultura de subsistência. Exceto um dos filhos - Egon, o mais próximo do pai - Francisco, curioso e estudioso dos indígenas da região. Esse interesse mútuo engendrou a vocação de um dos pioneiros da Etnologia Guarani para a Antropologia.
Saudosos do irmão já falecido, aceitaram o interesse de uma antropóloga em conhecê-los, e fazer muitas perguntas. Posteriormente também aceitaram a visita de um grupo de pesquisadores do Departamento de Antropologia da UFSC, para ampliar a conversa e filmá-los.
O vídeo é resultado dos meandros de uma pesquisa de campo sobre os Guarani que chegou até os irmãos de Egon Shaden.
O video é fala, memória, afeto e narração da pequena saga familiar e das relações distantes e próximas entre a familia extensa e o renomado guariniólogo, professor da USP.
E porque não dizer, que em torno do fogão à lenha com almoço servido, foi uma comemoração e um reconhecimento.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Programação Segmentada - Mostra de Filmes

A gente luta mas come fruta - dia 13 - 12h – UDESC - FAED - sala 31
2006 / 40min. / Ashaninka
O manejo agroflorestal realizado pelos Ashaninka da aldeia APIWTXA no rio Amônia, Acre. No filme eles registram, por um lado, seu trabalho para recuperar os recursos da sua reserva e repovoar seus rios e suas matas com espécies nativas, e por outro, sua luta contra os madeireiros que invadem sua área na fronteira com o Peru.
Caminho para a Vida - Dia 13 - 12h – UDESC - FAED- sala 31
2004 / 36min. / Ashaninka
O filme relata o manejo agroflorestal realizado pelos Ashaninka na sua comunidade no rio Amônia, Acre. “Caminho para a vida” mostra a experiência de manejo de tracajás, espécie que se tornou escassa devido ao grande consumo dê seus ovos e sua carne.
MORAYNGAVA - dia 14 - 12h - UDESC - FAED - sala 31
1997 / 16min. / Asurini
Diretor: Regina Müller/Virginia Valadão
Morayangava, o "desenho das coisas"; Yngiru, a "caixa das almas". Os filmes, sonhos de pajé. Assim os índios Asurini definem o vídeo, recém chegado em sua aldeia. Ao descobrirem que é possivel guardar imagens, os velhos lamentam não ter gravado seus antepassados, mas resolvem registrar a iniciação de um pajé, tradição ameaçada pelos novos tempos.
A Festa da Moça - dia 14 - 12h - UDESC- FAED - sala 31
1987 / 18min. / Nambiquara
O vídeo retrata o encontro dos índios Nambiquara com a sua própria imagem durante um ritual de iniciação feminina. A “moça nova “ permanece reclusa desde sua primeira menstruação, até as aldeias aliadas virem celebrar o fim da sua reclusão. Ao assistirem suas imagens na TV, eles se decepcionam e criticam o excesso de roupa. A festa seguinte é realizada e registrada com todo o rigor da tradição. Eufóricos com o resultado, eles resolvem retomar, diante da câmera, a furação de lábio e de nariz dos jovens, costume que haviam abandonado há mais de vinte anos.
Huni Meka, Os Cantos do Cipó - dia 14 - 12h - UDESC - FAED - sala 31
2006 / 25min. / Hunikui (Kaxinawá)
Uma conversa sobre cipó (aiauasca), “miração” e cantos. A partir de uma pesquisa do professor Isaias Sales Ibã sobre os cantos do povo Hunikui, os índios resolvem reunir os mais velhos para gravar um CD e publicar um livro.
Xinã Bena, Novos tempos - dia 15 - 12h - UDESC- FAED - sala 31
2006 / 52min. / Hunikui (Kaxinawá)
Dia-a-dia da aldeia Hunikui de São Joaquim, no rio Jordão no estado do Acre. Augustinho, pajé e patriarca da aldeia, sua mulher e seu sogro, relembram o cativeiro nos seringais e festejam os novos tempos. Agora, com uma terra demarcada, eles podem voltar a ensinar as suas tradições para seus filhos e netos.
texto
TERRA VERMELHA - dia 16 - 18H - Museu da Escola Catarinense
2008 - Itália, Brasil
Mato Grosso do Sul, Brasil, 2008. O suicídio de duas meninas Guarani-Kaiowá desperta a comunidade para a necessidade de resgatar suas próprias origens, perdidas pela interferência do homem branco. Um dos motivos do desaparecimento gradual da cultura reside no conflito gerado pela disputa de terras entre a comunidade indígena e os fazendeiros da região. Para os Kaiowás, essas terras representam um verdadeiro patrimônio espiritual e a separação que sofreram desse espaço é a causa dos males que os rodeia. Uma disputa metafórica é criada. A compreensão e o diálogo buscam espaço nesse antigo conflito. Enquanto isso, o jovem Osvaldo, que vive um terrível embate contra o desejo de morrer, vai furtivamente buscar água no rio que corta a fazenda e conhece a filha do fazendeiro. Um encontro em que a força do desejo transpassa e ao mesmo tempo acentua o desentendimento entre as civilizações.
  • Gênero: Drama
  • Diretor: Marco Bechis
  • 108’
  • Debatedores: Barbara Arisi (UFSC)


Foto e texto
Texto

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Programação Segmentada - Sensorialidades



Instalação e sala de “Sensorialidades”.

Um ambiente interativo, onde dentro de uma maloca - casa comunitária, as pessoas podem descansar deitadas na rede e apreciar projeções de fotos e filmes e também curtir audições de sons da floresta e músicas de rituais indígenas.

Sala Laranjeira - dias 13 e 14 de Outubro, aberta das 9h às 18h


Programação Segmentada da Mostra Indígena - Mostra Permanente

A Organização, com o intuito de disseminar com maior eficácia a programação da II Mostra de Arte Indígena, buscará a partir deste e das proximas postagens, fazer um pequeno resumo de cada atividade que será realizada entre os dias 13 e 16 de Outubro.
Mostra Permanente - Tótem


No Hall da Reitoria, será instalada uma escultura de Frank Koopman, artista holandês que, a pedido do professor e antropólogo Oscar Calavia, montou um tótem de equipamentos industriais reconstruídos com madeira e materiais diversos empilhados em 4,5 metros de altura. Koopman e Calavia mostram que um tótem “pode ser de qualquer coisa”. Eles tentam assim estabelecer um diálogo da sociedade pós-industrial com a arte dos indígenas da Costa Noroeste dos Estados Unidos.

A palavra "totem" foi criada pelos antropólogos a partir de algumas noçoes religiosas dos indios norte-americanos, e de um verbo dos winnebago. Acabou designando popularmente as grandes esculturas heraldicas dos indios da costa noroeste norteamericana, que nunca tinham sido assim chamadas pelos seus autores. O "totem" da nossa exposiçao sugere, fazendo à inversa o mesmo caminho, o modo em que os objetos de uma cultura alheia podem ser integrados como elementos de uma sintese imprevista: os instrumentos cotidianos de uns podem virar, por exemplo, os símbolos sagrados de outros.

Mostra Permanente - Artes Plásticas


Pigmentos naturais e acrílicas s/ MDF
As obras em tinta de terra da artista plástica Sela, estaram em exposição no Hall da Reitoria da UFSC até o dia 16 de Outubro.
Mãe e matéria, a terra como origem do humano. A exaltação e o caráter sagrado da terra. Essa série de pinturas não procura representar o meio natural, o mundo primitivo e selvagem, mas sim apresentar a paisagem natural através da materialidade e da gestualidade, que sugere a entrega do humano ao meio.
Os Mater's sustentam que a possibilidade de transcendência se dá através da natureza, que o vínculo entre ela e o homem é indissolúvel.
Mais informações: http://www.selapintura.com/

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Programação Geral


Quarta
9h - Centro Eventos UFSC
Sala Aroeira
Oficinas Guarani
Cestaria e Entalhe
9h – 18h Sala Laranjeira
Instalação Sensorialidades
Hall da Reitoria
Tótem
Filmes 12h-13h
UDESC- FAED sala 31
- Plano de Manejo Agroflorestal da Terra Indígena Ashaninka do rio Amônia - A gente luta mas come fruta (39') - Caminho para a vida (12')
14h Centro Eventos UFSC
Salas Pintagueira
Goiabeira e Aroeira
Oficinas Kaxinawa
Canto e Pintura Corporal
Quinta
9h Centro Eventos UFSC
Sala Pitangueira
Aula Aberta Bel de Rose
“Xamanismos contemporâneos”
9h – 18h Sala Laranjeira
Instalação Sensorialidades
9h - UDESC- FAED sala 31
Aula Aberta Lisiane Lecznieski
“Lições ameríndias de parentalidade”
Filmes 12h-13h
UDESC- FAED sala 31
- Morayngava (16') - iniciação de um pajé
- A Festa da Moça (18') - iniciação feminina dos nambikwara
- O Canto do Cipó (25')
14h Centro Eventos UFSC
Salas Pintagueira
Goiabeira e Aroeira
Oficinas Kaxinawa
Tear
Sexta
9h - UDESC- FAED sala 31
Aula Aberta Sônia Lourenço
Anthropological Blues: para uma antropologia da música Javaé”
Hall da Reitoria
Tótem
Filmes 12h-13h
UDESC- FAED sala 31
- Xinã Bena, Novos Tempos (52') - aldeia Huni Kuin (Kaxinawá)
15h - 17h - Auditório CEART UDESC
Exibição da pré-edição do documentário "Egon, Meu Irmão", e debate com uma das produtoras, Ângela Bertho

Sábado
18hMESC- Cinearth Filme
- Terra vermelha (Birdwatchers)

domingo, 3 de outubro de 2010

II Mostra de Artes Indígenas

Participe da II Mostra de Arte Indígena

Os saberes e as artes dos povos indígenas não são muito conhecidos nos centros urbanos brasileiros. Aos poucos, as universidades se abrem e começam a receber alunos e professores indígenas. Hoje, no Brasil, vivem 234 povos indígenas que falam 180 línguas e dialetos diferentes entre si. É uma riqueza enorme de rituais, danças, tecnologias de roça e caça, maneiras de pensar e viver no mundo!
Entre 13 e 16 de outubro, um pouco dessa riqueza estará presente na II Mostra de Arte Indígena, na UFSC, na UDESC e no Museu da Escola Catarinense. Os povos Guarani, de Santa Catarina, e Kaxinawá, do Acre, junto a antropólogos e outros artistas trazem um pouco de seus saberes e artes para compartilhar. Mestres indígenas vem ministrar oficinas de pinturas corporais, entalhes, cestaria, tear e canto. Haverá também uma sala de “sensorialidades”, uma instalação interativa, onde dentro de uma maloca - casa comunitária, as pessoas podem descansar deitadas na rede e apreciar projeções de fotos e filmes, curtindo audições de sons da floresta e músicas de rituais indígenas.
No Hall da Reitoria, será exibida uma obra de Frank Koopman, escultor holandês que, a pedido do professor da UFSC e antropólogo Oscar Calavia, montou um tótem de equipamentos industriais reconstruídos com madeira e materiais diversos, empilhados em 4,5 metros de altura.
Haverão aulas abertas para estudantes do ensino médio e infantil, professores, pedagogos e demais interessados. Nas aulas, serão apresentados e debatidos temas como “xamanismos contemporâneos”, “musicalidades do povo Javaé”, “parentalidades indígenas” , “história da antropologia catarinense”. No horário do almoço, na FAED/UDESC, serão exibidos filmes feitos por indígenas no projeto Video nas Aldeias. Todas as atividades são gratuitas. No sábado, o projeto Cinearth traz o longa Terra Vermelha no Museu da Escola Catarinense, às 18h.
A II Mostra de Arte Indígena tem o objetivo de proporcionar ao grande público uma forma relacional e sensorial de conviver com os povos indígenas. Assim, professores e estudantes poderão conhecer e conviver, em atividades artísticas e pedagógicas, com indígenas de dois povos, um do Acre e outro de Santa Catarina. Será uma oportunidade para que as pessoas desfaçam eventuais estereótipos que tenham de povos indígenas e sejam sensibilizadas pela compreensão antropológica de que somos parte de um povo rico em diversidade social e cultural. A ideia é tornar comum e corrente palavras que parecem longe do vocabulário diário das escolas como antropologia e povos ameríndios. É oferecer uma oportunidade para que o aprendizado se dê num ambiente relacional, estético e agradável. É esse mundo da antropologia e de povos ameríndios que queremos compartir na II Mostra.
Data: 13 a 16 de outubro
Locais: CENTRO DE CULTURA E EVENTOS – UFSC, FAED – UDESC, MESC Museu da Escola Catarinense
Inscrições para oficinas, escreva para: mostraindigena@gmail.com


A Organização:
Professores e pesquisadores:
Carmen Susana Tornquist (UDESC)
Alberto Groisman (UFSC)
Barbara Arisi (UFSC)
Lisiane Koller Lecznieski (UFSC)

Ênio Staub (Associação Ambientalista ACEPSJ)

Alun@s:
Elis do Nascimento (UFSC)
Ana Beatriz Ternes (UDESC)
Fernando Benetti (UDESC)
Thais Cardoso (UDESC)